Vértebra de transição e dor lombar

A porção mais baixa da coluna é chamada de região lombar. É formada por um grupo de vértebras, normalmente cinco, que possuem um corpo vertebral na sua região anterior e os chamados elementos posteriores (arco neural e processo transverso).

Há porém, um grupo de pacientes que apresenta uma vértebra a mais na região lombar baixa, ou tem sua 5a vértebra lombar (L5) com morfologia diferente. A alteração de formação mais comum seja nesta vértebra extra-numerária ou numa L5 atípica, é a chamada mega-apófise transversa, podendo ser uni ou bilateral. Ao invés de um processo transverso típico, o processo ou apófise transversa destas vértebras “diferentes” é anormalmente grande. Quando isso acontece, a vértebra que apresenta mega-apófise transversa é chamada de vértebra de transição.

Há inclusive uma síndrome descrita para relatar esta situação muito comum, estimada ocorrer em 10-20% da população, que é a síndrome de Bertolotti, é uma desordem congênita da coluna vertebral caracterizada pela ocorrência de uma mega-apófise transversa lombar em uma vértebra de aspecto transicional, que geralmente se articula com o sacro ou com o osso ilíaco. Tal síndrome tem sido considerada possível causa de dor lombar.

A explicação mais plausível até o momento é a de que a vértebra de transição por não se articular ou movimentar normalmente em relação ao sacro, já que a mega-apófise está “fusionada”ou “colada” no sacro, promova efeito roda presa do carro, sobrecarregando por fim o segmento (disco principalmente) logo acima, local e motivo de degeneração e dor.

Não obrigatoriamente pacientes com vértebra de transição terão dor, mas sua identificação é fundamental. Orientação adequada acerca dos exercícios que devem ser evitados para evitar sobrecarga de um segmento (acima da vértebra de transição) são a principal questão quando se pensa em evitar degeneração futura e dor.

Consulte seu médico, ou converse com o profissional de saúde que o acompanha, o raio x simples é um exame que mostra facilmente esta alteração. Se você pretende realizar prática esportiva de maior intensidade, uma visita ao profissional pode descartar este problema e permitir que você o realize tranquilamente seus exercícios sem dor.

Dr. Gustavo Carriço – médico especialista em coluna em Florianópolis/SC

Cirurgia menos invasiva coluna

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Autor

Dr. Carriço